Simpósio “Juntos no Peabiru”

A  comunidade do Morro do Querosene percorreu uma longa trajetória até conseguir um    Decreto de Utilidade Pública para a Chácara da Fonte, em 19/08/2011.

No início, ninguém havia ouvido falar de Peabiru. As informações foram aparecendo como num jogo de quebra-cabeça. Quando começamos a pronunciar “o Peabiru passava por aqui… a Bica era parada obrigatória de quem viajava pelo importante Caminho… na Chácara da Fonte as expedições acampavam….” os ouvintes perguntavam: “e você, é historiador? Quem é você para fazer tal afirmação?”. E como a grande maioria era artista ou agente cultural, logo o interlocutor coçava o bigode como quem entende que artista inventa mesmo.

Foi assim que surgiu a ideia de se realizar um SIMPÓSIO – REUNIÃO DE CIENTISTAS E ESPECIALISTAS – para discutirmos sobre o Peabiru e o Parque da Fonte.

Peabiru, é um emaranhado de trilhas milenares que atravessavam o continente, da Terra do Fogo ao Caribe, do Pacífico ao Atlântico, utilizadas, inicialmente, pelas nações indígenas na busca de alimentos, exploração de novos espaços e celebração de novos encontros, e mais tarde utilizadas pelos europeus, principalmente portugueses e espanhóis, em busca de ouro, prata, pedras preciosas e escravos.

Misteriosamente, restou-nos uma Fonte incrustada numa gruta que hoje forma 2 arcos, a água jorrando sobre um tanque azulejado (uma banheira?), rodeada por paredes de pedras sobrepostas sem argamassa, que deve ter sido usado para pousada e banho dos viajantes que por ali passavam, um local com resquícios de Mata Atlântica situado à beira da antiga Estrada de Ytu e Matogrosso.  Nos arredores, vielas de paralelepípedos abandonadas, quase sem serventia, delineiam o traçado do velho Caminho nos dias de hoje.

Para este Simpósio “JUNTOS NO PEABIRU”, renomadas autoridades no assunto confirmaram presença:

Rossano Lopes (arqueólogo do IPHAN), Júlio Abe (Diretor do Instituto de Geografia e História de São Paulo), Benedito Prezia (antropólogo, escritor e indigenista), Luiz Galdino (escritor do livro “Os Incas no Brasil”) e Hernani Donato (escritor, historiador, jornalista e professor) estarão  das 9 às 12h30 quando serão abordadas questões relativas à história.

No entanto, Rossano Lopes não pode comparecer, enviou o arqueólogo Wagner para substituí-lo. Júlio Abe ficou adoentado e, de última hora, também não pode comparecer.

O período da tarde (das 13h30 às 17h) está reservado para as questões urbanísticas e ambientais com Aziz Ab’Saber (geógrafo, ambientalista e professor), Nabil Bonduki (Secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano – Ministério do Meio Ambiente, redator do Plano Diretor da Cidade de São Paulo) e  Ros Mari Zenha (ambientalista).

Tempos difíceis. Aziz estava doente, não pode vir. E Nabil, que agora está em Brasília, precisou representar o Ministério do Meio Ambiente, na 1ª audiência Pública de Resíduos Sólidos de Campo grande (Mato Grosso) e, dia seguinte ao do simpósio, teria que estar em Brasília para mais uma difícil peleja ente ambientalistas e ruralistas na aceitação, ou não, do Novo Código Florestal Brasileiro. Também não veio ao nosso encontro. Felizmente estavam presentes Sérgio Réze (da Defenda São PAulo e AMAPAR) e MAria Lúcia Campos (do DPH, AMAPAR e CADES-BT) que assumiram os lugares de Aziz e Nabil.

O evento fio aberto para a participação do público em geral e aconteceu no Auditório do Instituto Butantan, dia 13 de setembro de 2011, das 9h às 17h.

Local: Auditório do Instituto Butantan

Data: 13 de setembro

Horário: das 9 às 17h

Lotação: 214 lugares

Estacionamento no local

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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